Descrição
Módulo 10 Online (Zoom) – (O) Curso Livre (da) Formação: Discursos e Dizeres da Clínica Psicanalítica
Décimo Módulo: 07/08/2020 (sexta) e 08/08/2020 (sábado)
Com: Prof. Dr. Daniel Kerry
A Esquizoanálise de Gilles Deleuze e Félix Guattari: conversações introdutórias
Ementa: A Esquizoanálise é um conjunto teórico-prático de ferramentas e conceitos propostos pelo psicanalista Félix Guattari e pelo filósofo Gilles Deleuze, após os acontecimentos de maio de 1968. Como resultado de uma parceria intelectual e afetiva, ambos publicam, em 1972, o livro intitulado “O Anti-Édipo”, primeiro tomo da obra “Capitalismo e Esquizofrenia”. Em 1980, em continuidade a esse célebre trabalho, lançam “Mil platôs”, onde destrincham e desenvolvem suas teses. As provocações de Deleuze e Guattari demarcam uma crítica radical ao estruturalismo francês. Os autores estavam preocupados em produzir dispositivos teóricos que pudessem articular os processos de subjetivação aos acontecimentos históricos. Assim, buscaram problematizar como o desejo, a subjetividade e o inconsciente são efeitos de agenciamentos que se constituem no campo social e nos fluxos das macro e micropolíticas. A Esquizoanálise passou, então, a construir um plano para o pensamento que se debruça sobre as cartografias do desejo e dos modos de subjetivação que, de acordo com os autores, não podem ser analisados de maneira descolada dos processos políticos, históricos, institucionais, territoriais, sociais, semióticos e afetivos. Nesse encontro, abordaremos alguns conceitos e ideias fundamentais das proposições esquizoanalíticas e suas possíveis ressonâncias na clínica.
Bibliografia:
DELEUZE, Gilles. Derrames entre el capitalismo y laesquizofrenia. Buenos Aires: Cactus, 2005.
__. Conversações. São Paulo: 34, 2008.
__. O que é um dispositivo. In: Deleuze, G. Dois regimes de loucos: textos e entrevistas (1975-1995). São Paulo: Editora 34.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia – Vol. 3. Rio de Janeiro: Editora 34, 2008.
__. Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia – Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora 34, 2009.
__. O Anti-Édipo. Capitalismo e Esquizofrenia I. São Paulo: 34, 2010.
DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998.
DOSSE, François. Gilles Deleuze e Félix Guattari: biografia cruzada. Porto Alegre: Artmed, 2010.
GUATTARI, Félix. Caosmose. Um novo paradigma estético. São Paulo. Ed. 34, 1992.
HUR, Domenico Uhng. Psicologia, Política e Esquizoanálise. Campinas: Alínea, 2018.
LANS, Alfonso. Una clínica esquizoanalítica. 1ª. Ed.: Imaginante, 2018.
PEIXOTO-JUNIOR, Carlos Augusto. Singularidade e subjetivação. Ensaios sobre clínica e cultura. Rio de Janeiro: 7letras/Editora PUC-Rio, 2008.
PELBART, Peter Pal. O avesso do niilismo: cartografias do esgotamento. 2ª ed. São Paulo: n-1 edições, 2016.
POLACK, Jean-Claude; SIVADON, Danielle. A íntima utopia. Trabalho analítico e processos psicóticos. 1ª ed. São Paulo: N-1 Edições, 2013.
ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental: Transformações Contemporâneas do Desejo. São Paulo: UFRGS Editora, 2007.
Sobre (O) Curso Livre (da) Formação: Discursos e Dizeres da Clínica Psicanalítica
Três são os elementos básicos que compõem uma trajetória de formação em psicanálise: análise, teoria e supervisão. O primeiro é o mais importante e o único estritamente singular, em que, a partir da escolha do analista e de sua desconstrução, alcançamos o “lugar do analista”. Não se trata de um lugar de saber, mas de uma habilidade para escutar que sempre exige a desconstrução da própria escuta, do que nela pudesse haver de normativo.
Em psicanálise, a teoria está a serviço da desconstrução da norma. O que sempre exigirá a supervisão, a crítica acerca dos limites éticos em minha prática. Afinal, em favor de quem opera minha escuta: de uma escola ou de um dizer singular?
Vamos debater a Psicanálise, tal como ela está sendo pensada e praticada por profissionais independentes, os quais, por sua trajetória clínica e docente, tornaram-se referência mais-além das instituições pelas quais passaram.
Não é exigida formação por parte do participante. O curso emite certificado após a participação de, no mínimo, 18 módulos.
OBJETIVO
Atividade voltada para quem busca experiência clínica. Ao final do curso completo, os participantes estarão aptos ao reconhecimento dos principais conceitos clínicos vigentes nas práticas de escuta analítica e de construção de casos clínicos de orientação psicanalítica.
DINÂMICA
A atividade consiste numa formação clínica, na qual profissionais convidados na condição de analistas docentes irão debater, com os participantes, os discursos e dizeres que compõem “(O) Curso Livre (da) Formação” clínica dos psicanalistas.
No total, serão 23 módulos mensais de sete horas, aos sábados, perfazendo um total de 161 horas. A sequência dos módulos foi minuciosamente definida pela coordenação para que os participantes tenham 100% de aproveitamento do curso livre.
VIDEOCONFERÊNCIA
Para participar da chamada de vídeo você precisa fazer o download de um software chamado Zoom: https://zoom.us/.
Ele é gratuito e amplamente utilizado para conferências entre amigos e profissionais. A coordenação vai divulgar previamente um link de acesso para todos os participantes confirmados na atividade. Em caso de dúvidas, estamos à disposição via telefone (48) 3030-7474 e e-mail contato@usinadizer.com.br.
DOCENTES
Prof. Dr. Daniel Kerry
Coordenação: Maria Holthausen
Psicanalista, doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professora e coordenadora de pós-graduação em Psicologia Organizacional, pesquisadora do Núcleo de Investigações Metafísicas na área de Psicanálise e Arte, e criadora do Grupo de Estudos em Arte, Filosofia e Psicanálise (http://psicanaliselacaniana.blogspot.com/).