Descrição
Módulo 5 – (O) Curso Livre (da) Formação: Discursos e Dizeres da Clínica Psicanalítica
Quinto Módulo: 07/03/2020
Com: Profa. Dra. Maria Holthausen
A Interpretação: Ainda é possível interpretar?
Ementa: A interpretação é uma peça fundamental da operação analítica pelo menos desde a Die Traumdeutung. Passando pelos chistes, pelas parapraxias e pelos sintomas histéricos ou não a psicanálise tomou daí a sua base de ação mas nossa pergunta, que servirá de norte para essas aulas é se, tendo sido ela realizada até a exaustão, isto é, tendo cumprido seu papel no programático Wo Es war soll Ich werden, restaria alguma coisa que o psicanalista ainda pudesse fazer por aquele que escolheu corajosamente deitar-se num divã? De outro modo, haveria um mais além das formações do inconsciente que necessitasse do analista alguma presença final e assim, desse ponto em diante, pudesse ajudar seu analisante a desinterpretar?
Bibliografia:
LACAN, Jacques. Os Nomes do Pai/Os Não-Tolos Erram. Porto Alegre: Editora Fi, 2016.
LACAN, Jacques. O Sinthoma. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
LACAN, Jacques. L’insu que sait de l’Une-bévue s’aile à mourre, in https://lacanempdf.blogspot.com/2019/06/seminario-24-portugues-linsu-que-sait.html
Sobre (O) Curso Livre (da) Formação: Discursos e Dizeres da Clínica Psicanalítica
Três são os elementos básicos que compõem uma trajetória de formação em psicanálise: análise, teoria e supervisão. O primeiro é o mais importante e o único estritamente singular, em que, a partir da escolha do analista e de sua desconstrução, alcançamos o “lugar do analista”. Não se trata de um lugar de saber, mas de uma habilidade para escutar que sempre exige a desconstrução da própria escuta, do que nela pudesse haver de normativo.
Em psicanálise, a teoria está a serviço da desconstrução da norma. O que sempre exigirá a supervisão, a crítica acerca dos limites éticos em minha prática. Afinal, em favor de quem opera minha escuta: de uma escola ou de um dizer singular?
Vamos debater a Psicanálise, tal como ela está sendo pensada e praticada por profissionais independentes, os quais, por sua trajetória clínica e docente, tornaram-se referência mais-além das instituições pelas quais passaram.
Não é exigida formação por parte do participante. O curso emite certificado após a participação de, no mínimo, 18 módulos.
DINÂMICA
A atividade consiste numa formação clínica, na qual profissionais convidados na condição de analistas docentes irão debater, com os participantes, os discursos e dizeres que compõem “(O) Curso Livre (da) Formação” clínica dos psicanalistas.
No total, serão 23 módulos mensais de sete horas, aos sábados, perfazendo um total de 161 horas. A sequência dos módulos foi minuciosamente definida pela coordenação para que os participantes tenham 100% de aproveitamento do curso livre.
OBJETIVO
Atividade voltada para quem busca experiência clínica. Ao final do curso completo, os participantes estarão aptos ao reconhecimento dos principais conceitos clínicos vigentes nas práticas de escuta analítica e de construção de casos clínicos de orientação psicanalítica.
DOCENTES
Coordenação: Maria Holthausen
Psicanalista, doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professora e coordenadora de pós-graduação em Psicologia Organizacional, pesquisadora do Núcleo de Investigações Metafísicas na área de Psicanálise e Arte, e criadora do Grupo de Estudos em Arte, Filosofia e Psicanálise (http://psicanaliselacaniana.blogspot.com/).